segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Virtudes e constrangimentos

Começo pelos constrangimentos sobre a implementação do curso de Operador de Fotografia.


À partida nenhuns; estavam reunidas as condições para um bom início de ano lectivo: escola nova, salas construídas de raiz para o efeito e recepção de equipamentos decorrente do Plano Tecnológico da Educação.


Mas não. As instalações da escola são novas, mas a qualidade é deficitária: salas sem arejamento, isolamento entre salas quase inexistente, acabamentos de pormenor medíocres, utilização de materiais de discutível qualidade e de contínua manutenção, enfim, um rol de certezas que, a breve trecho, se tornarão um rol de problemas e custos acrescidos.


No que diz respeito à fotografia, o laboratório apresenta traços dignos de constar no manual-ilustrado-de-aberrações-arquitectónicas-encomendadas-pelo-estado-e-pagas-por-quase-todos-nós. 


A porta é curta, a tina de lavagem é pequena, sem torneiras onde corra água nem esgoto por onde saia, não tem arejamento nem outras coisas que era suposto ter. 


Porta original


As virtudes suplantam as dificuldades, enquanto nos restar energia; concentram-se no gosto pela fotografia, no gosto pelo ensino e aprendizagens da fotografia, na possibilidade de levar um grupo de jovens a sentir o gosto pela fotografia, a educar a sua visão, a cimentar as suas opções e a adquirir competências que lhes permitirão encontrar um caminho académico ou profissional após o 9º ano.




Por tudo isto, vale a pena.

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