Começo pelos constrangimentos sobre a implementação do curso de Operador de Fotografia.
À partida nenhuns; estavam reunidas as condições para um bom início de ano lectivo: escola nova, salas construídas de raiz para o efeito e recepção de equipamentos decorrente do Plano Tecnológico da Educação.
Mas não. As instalações da escola são novas, mas a qualidade é deficitária: salas sem arejamento, isolamento entre salas quase inexistente, acabamentos de pormenor medíocres, utilização de materiais de discutível qualidade e de contínua manutenção, enfim, um rol de certezas que, a breve trecho, se tornarão um rol de problemas e custos acrescidos.
No que diz respeito à fotografia, o laboratório apresenta traços dignos de constar no manual-ilustrado-de-aberrações-arquitectónicas-encomendadas-pelo-estado-e-pagas-por-quase-todos-nós.
A porta é curta, a tina de lavagem é pequena, sem torneiras onde corra água nem esgoto por onde saia, não tem arejamento nem outras coisas que era suposto ter.
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| Porta original |
As virtudes suplantam as dificuldades, enquanto nos restar energia; concentram-se no gosto pela fotografia, no gosto pelo ensino e aprendizagens da fotografia, na possibilidade de levar um grupo de jovens a sentir o gosto pela fotografia, a educar a sua visão, a cimentar as suas opções e a adquirir competências que lhes permitirão encontrar um caminho académico ou profissional após o 9º ano.
Por tudo isto, vale a pena.

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